O que você sabe sobre o seus sonhos?

Quem nunca acordou assustado com um sonho e queria saber o seu significado? Os sonhos aparecem trazendo mensagens misteriosas, chamando a atenção. 

Saiba que eles podem conter respostas para a sua vida, alertando para realidades que não estão sendo vistas por você, mas que precisam ser observadas para que você viva melhor. 

Um sonho é tão rico de informações importantes sobre você que  pode te ajudar a se conhecer em profundidade. 

Mas como os sonhos são formados? Você entra em contato com muitas informações durante o dia, mas nem todas são registradas na consciência, porque é impossível prestar atenção em todos os detalhes. Então, se você não consegue prestar atenção em tudo (não apreende pelos sentidos: escuta, toca, sente, percebe o que ocorre à sua volta), você não tem consciência total do que acontece. Essas impressões ficam registradas abaixo do nível da sua consciência.

Lá no inconsciente, junto com restos de memórias da sua infância, motivações, preferências, desejos inconscientes, que você nem sabe que tem, essas impressões aparecerão durante o sono. Como os desejos inconscientes não podem aparecer declaradamente no seu sonho, porque não são aceitos pela censura social, cultural e moral (há desejos que não aguentaríamos admitir ou mostrar para outras pessoas), eles se ligam a: impressões noturnas de quando você está dormindo (sede, calor, barulho no quarto)  e a objetos e acontecimentos do seu dia.

Para interpretar um sonho, esqueça aqueles manuais que relacionam uma imagem do sonho a um significado imediato. Por exemplo: sonhar com cobra significa traição. Nem sempre! Esse tipo de interpretação não é aceita cientificamente porque sabemos que é preciso conhecer o Sonhador para entender o significado de um sonho.

Buscando auxílio de um psicólogo/ psicanalista é possível interpretar os sonhos. É preciso que esse profissional tenha conhecimento sobre algumas informações importantes suas: 

- Quem você é; 

- Qual sua história de vida; 

- Como está a sua vida no momento atual e como você se sente sobre isso;

- O que você sentiu quando estava sonhando e ao acordar;

- Qual o significado desse sonho para você;

*Para se fazer uma boa interpretação, é importante já ter um tempo de acompanhamento com o psicólogo. Ao mesmo tempo, por meio dos sonhos que você poderá conhecer mais sobre quem você é. Ou seja, pode ser que você não consiga responder alguma dessas questões acima sobre si, mas na terapia muitos pontos fiquem claros.

Podemos comparar as atitudes das personagens do sonho com as  que você tem diante da vida, fazendo associações junto com você sobre os elementos (imagens, lugares, situações, sensações) do sonho. Você vai se lembrando de cenas, de alguns detalhes aparentemente sem sentido e observando o que eles te sugerem.

**A interpretação do sonho é muito útil para você se "dar conta" do que acontece nos seus relacionamentos que você não está conseguindo perceber; entender com mais clareza como você tem se sentido e agido nos ambientes onde vive: em casa, no trabalho, na família, com os amigos e finalmente, o que você tem feito realmente da sua vida.

Como lidar com a escolha do parceiro amoroso?

Nada é por acaso. Também não é por coincidência que duas pessoas se apaixonam e decidem ficar juntas. Há motivos profundos inconscientes para a escolha de um parceiro amoroso. A representação que a pessoa tem de seus pais influencia em quem ela escolherá para se casar. Por exemplo: a mulher tem como referencial de homem o próprio pai e tende a escolher um companheiro com um jeito próximo ao dele. Além das características pessoais, cada um leva para o relacionamento comportamentos e valores que aprendeu na família de origem. Sendo assim, o casamento é uma união de duas famílias.

Quando você se apaixona mistura seus gostos, suas preferências, seus projetos e sonhos com os da outra pessoa. Conhecer o(a) parceiro(a) faz parte do namoro e é importante que isso aconteça de forma madura, pois existe o risco de você confundir a sua identidade com a dele(a).

Há pessoas que colocam sobre a figura do(a) parceiro(a) muitos desejos e expectativas. Isso acontece ao projetar, no outro, qualidades que, na verdade, você gostaria de ter para si mesmo. Então, você fantasia que todas as habilidades que faltam em você, o outro tenha. O problema é quando você imagina essa pessoa perfeita e depois de um tempo percebe que aquele ser idealizado não existe.

De outra forma, existem casais que ao invés de projetar um jeito perfeito de ser, se apoiam nos defeitos do outro, criticando e inferiorizando o(a) parceiro(a); quando na realidade há algo de parecido entre quem critica e quem é criticado. É fácil achar que sempre o outro é o culpado, que somente ele tem que mudar. Observe as críticas que você faz ao outro. Analise se não é você a pessoa que de alguma forma tem, já teve ou tem medo de ter as falhas as quais descreve com tanta insistência. Como disse o psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl G. Jung (1875-1961): “Tudo o que nos irrita nos outros pode nos levar a uma compreensão sobre nós mesmos.”

Para que um relacionamento seja saudável, é preciso que a união do casal traga mais vantagens do que prejuízos para a vida dos dois. É importante que eles consigam viver bem juntos e tenham visões em comum. Isso ajudará a criar um lar unido e bem seguro para os filhos que virão: o casal é base de uma nova família.

Elogio... é sempre bom?

As pessoas demonstram necessidade de serem valorizadas nos ambientes onde vivem. Quer um exemplo? Quando a produção de uma criança, como um desenho, uma tarefa escolar são elogiados, ela sente que existe algo de bom dentro de si e que pode ser vista de maneira positiva pelas pessoas. Isso a faz se perceber eficiente e capaz!

Ao mesmo tempo, é preciso saber o momento de elogiar. Crianças que recebem muitos elogios e a qualquer hora, acabam permanecendo no mesmo nível em que estão, não se sentindo motivadas a enfrentar novos desafios, já que se percebem boas em tudo. Os elogios constantes transmitem a mensagem de que a perfeição é o ideal, e de que falhar é errado. Assim, temerão os erros e não aprenderão com eles. Além disso, esse padrão faz com que a criança cresça dependente da opinião alheia, esperando cumprir as expectativas externas e receber aprovação em tudo o que faz. Sem contar que a ideia de perfeição tende a aumentar a comparação com as outras pessoas e a criar competitividade. O dia em que ela receber uma crítica negativa, mostrará baixa resistência à frustração e dificuldade em começar tudo de novo.  

Então, é preferível tecer um elogio quando a criança tiver uma conquista, ou seja, quando alcançar algo pelo seu próprio esforço. Assim, entenderá que é possível conseguir sucesso, mas só depois de se dedicar bastante e ter bons resultados. Lembrando que para cada idade, “dedicar-se bastante” e “ter bons resultados” assume um significado diferente, porque a pessoa adquire e aperfeiçoa suas habilidades conforme vai crescendo e se desenvolvendo.
      Esse exemplo com crianças também vale para compreender os adultos, uma vez que a mentalidade de "Inteligência Imutável" e "Inteligência Desenvolvida" (quadro acima) é construída ao longo da vida.

É missão dos líderes, pais e professores observarem as habilidades que as pessoas têm e reconhecê-las, incentivando-as a continuarem nos seus caminhos de descobertas e aprendizagem. Mais do que isso, é importante saber como e em que momento elogiar. Elogiar da forma adequada, pelo reconhecimento do empenho, ajuda a pessoa conhecer os próprios limites, encontrar sentido nas atividades e ser perseverante em seus objetivos, porque sabe que será compensador.

A importância de conhecer a si mesmo

Perceber o quanto algo faz bem ou mal a você, te energiza ou suga as suas forças é um dos benefícios do processo de análise pessoal.

Se você não identifica que sensações tem quando está na presença de determinadas pessoas e situações, como conseguirá associar o contato com elas a desdobramentos positivos ou negativos na sua vida? Pode ser que tudo esteja dando errado no ambiente ao seu redor e você não perceba onde está erro.

Discernir e afastar o que faz mal é difícil primeiramente para quem se conhece pouco e, em segundo lugar, para quem tem a tendência de agradar as pessoas.

1) Se você não se conhece, como estará seguro sobre o que gosta ou não? Sobre o que combina com você? A falta de conhecimento pessoal gera uma profunda insegurança. Assim, você passará por muitas situações desagradáveis e engolirá o que te faz mal, já que não tem uma opinião pessoal forte!

2) A vontade de agradar as pessoas, nesse caso, funciona como uma barreira que te impede de enxergar a verdadeira intenção das pessoas e a maneira como elas se comportam em relação a você. Como elas te tratam? Como você permite ser tratado?

A análise pessoal te auxiliará a se afastar do que lhe faz mal, se você quiser, é claro! Você conseguirá observar com maior clareza as relações disfuncionais e se sentir fortalecido a colocar limites no que já não combina mais com a sua felicidade.

Além de afetar os relacionamentos, a falta de autoconhecimento prejudica o desenvolvimento pessoal. Veja quanto é preciso ainda caminhar para a descoberta da sua própria Identidade. Quando você se conhece, você se descobre! Tenha certeza, isso faz toda a diferença!