O primeiro e mais forte
vínculo na vida do ser humano é o laço com a mãe. A relação com ela geralmente
é marcante na história de cada pessoa. Sabe-se que as primeiras relações da
criança com a mãe são a base para a estruturação da personalidade e para a
construção de relacionamentos futuros. Mas o que é ser mãe? Qual a importância
do papel da mãe nos primeiros anos de vida de uma criança?
Há quem nunca tenha
abrigado no ventre uma nova vida, mas já tenha contribuído para que uma criança
recebesse o afeto e a segurança de que necessitam para viver. Certamente, para
a criança é melhor que a própria mãe assuma a responsabilidade do cuidar. Entretanto,
existem casos de abandono, negligência, doença, morte, ou alguma impossibilidade
de que a mãe biológica exerça esse papel.
Dentro do
desenvolvimento humano, o que chamamos de “função materna” pode ser ocupada
pela mãe biológica da criança ou, na ausência dela, por um(a) cuidador(a) que
ofereça alimento, proteção e atenção ao bebê. A tia, a madrinha, a avó ou uma
mãe adotiva podem cumprir a função de cuidados.
Nos anos iniciais, o
relacionamento da criança com o mundo se resume ao seu contato com a mãe. Para
o bebê, ele e a mãe são um só. Somente a partir dos 08 meses de vida, a criança
começa a perceber que a mãe é uma pessoa diferente dela e que divide o tempo
entre diversas atividades.
A amamentação é o
primeiro tipo de alimentação do bebê. O leite contém os nutrientes de que a
criança necessita para crescer, promovendo a saúde do corpo. Além disso, o
contato de pele, o toque, o carinho e a fala da mãe para com o bebê são formas importantes
de alimentá-lo emocionalmente. Os
cuidados maternos devem ser analisados pela qualidade da relação entre mãe e
bebê, mais do que pelo tempo que a mãe possa dedicar ao filho. Lembrando que é
a relação afetiva que influenciará na organização psicológica dele.
A ausência de uma
figura materna nos primeiros anos de vida é prejudicial para o desenvolvimento
da personalidade do ser humano. É necessário que mãe e bebê experimentem um
relacionamento íntimo, contínuo e prazeroso. Através do contato com a mãe, o
bebê deve se sentir visto e desejado por ela. A constância de cuidados é essencial
nessa fase. A criança precisa se sentir segura de ser amada, experimentando um
olhar carinhoso que a envolva.
Enquanto o bebê se
identifica com a figura da mãe, essa mulher deve reconhecê-lo como uma
continuação sua e contribuir para o bem-estar e a segurança dele. Assim como a
criança, a mulher também é transformada. Sendo mãe, ela se percebe de outra
forma, começando a rever seus conceitos sobre a vida, suas prioridades e
objetivos.
Enfim, a relação entre
mãe e filho faz parte de um vínculo fundamental na história de cada pessoa. A
partir dessa base são construídos os relacionamentos na vida adulta. Nesse
contato, mãe e filho são transformados. Portanto, a família também pode
contribuir para que as condições de cuidados maternos no lar sejam
satisfatórias, correspondendo às necessidades de uma vida saudável na infância,
que reflete em todo o desenvolvimento.
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